Crítica: Minecraft – O Filme

Bem-vindo ao mundo do Minecraft, onde a criatividade não apenas ajuda você em suas artes e habilidades, como também é essencial para a sobrevivência! Quatro atrapalhados – Garrett “The Garbage Man” Garrison (Momoa), Henry (Hansen), Natalie (Emma Myers) e Dawn (Danielle Brooks) – envolvidos em seus problemas do dia a dia, de repente são transportados, através de um misterioso portal, para Overworld: um bizarro e cúbico país das maravilhas onde impera a imaginação. Para voltar para casa, eles vão ter que saber tudo deste mundo (além de protegê-lo de criaturas malignas como Piglins e Zumbis) ao embarcar em uma missão mágica na companhia de um experiente construtor imprevisível, Steve (Black). Juntos nessa aventura, o quinteto será desafiado a ousar e se reconectar com as qualidades únicas que os fazem, cada um deles, extraordinariamente criativos… as mesmas habilidades das quais eles precisam para prosperar no mundo real.

Nossa Opinião:

É hora de um papo que você não imaginava que teria em se tratando de um filme como o Minecraft. Então eu vou optar em trazer para você um panorama do que está acontecendo e explicar o que seria o “fenômeno” do filme. Depois disso eu passo a minha opinião sobre o filme.

Essa imagem acima mostra um gráfico que os Estúdios de Cinema projetaram para o final de semana entre 4 e 6 de Abril. O que se tem é um filme dando US$ 157 milhões de dólares quando se esperava US$ 114 milhões. Para a Warner Discovery é alívio depois dos resultados ruins com o filme Mickey 17.

Analisando apenas esses dados, se passa a impressão de que estamos diante de um novo filme/evento como foi a Saga do Infinito da Marvel e o Barbie/Heimer. Não é o caso. O que esses dados apresentam na realidade é a mostra de um Mercado ignorado por muito tempo: Infantil/jovens adultos.

Esse mercado por muito tempo foi consumidor de conteúdos exclusivos no mercado Audiovisual. A própria Warner Bros Discovery gerou essa demanda. Ela terminou com o Cartoon Network Studios que desenvolvia conteúdo para esse público.

O UOL fez uma verificação sobre o caso por conta da existência do canal na TV Paga. Entretanto, o canal apenas apresenta episódios já existentes no seu catálogo, sem mais inovações.

A própria Disney recentemente colocou fim ao seus canais infantis em fevereiro desse ano. A justificativa do canal do Grupo é valorizar a plataforma de Streaming Disney+. O pensamento é pegar esse público que já não é tão ligada a televisão tradicional e monta a sua programação por demanda. Diferentemente da Warner, o grupo do camundongo ainda investe em programas para esse grupo. E começa a dar resultados positivos.

Com um mercado que ficou “esquecido” e que ao mesmo tempo se mostra ávido em consumir,
Minecraft, uma adaptação de um videogame antigo (ele é de 18 de novembro 2011) gerou para geração Z e Alfa uma identificação/nostalgia que se mostra muito lucrativo para o mercado cinematográfico. Se for bem utilizado (o que eu tenho as minhas dúvidas uma vez que o mercado trabalha para secar qualquer oportunidade até a irrelevância) pode constituir a nova geração de frequentadores de cinema.

Tendo dito isso tudo, vamos para o filme: O público-alvo do filme como eu mesmo disse são crianças de até 12 anos. O filme é carregado nas costas do carisma do Jack Black e mesmo assim não é suficiente para tornar ele uma boa história.

Com impressionantes CINCO roteiristas (o filme teve diversos problemas de pré-produção, com idas e vindas de vários diretores) e ainda sim não foram aptos para construir um arco decente para os personagens. Sim, porque quando não nos identificamos com os sentimentos de nostalgia, corremos atrás de histórias. O carisma do CGI dos personagens e de Jack Black não são suficientes para defender essa adaptação cinematográfica.

É um filme para criançada e deve ser entendido como tal. Levar as crianças ao cinema é hábito que deve ser criado para o desenvolvimento da cultura desse público. Mesmo que seja para ver o Minecraft.

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